Max Gehringer . Editora Globo. 500 gr.
Sinopse:Escolher a faculdade. Conseguir o primeiro emprego. Acumular cursos de especialização. Comprovar produtividade. Driblar as intrigas. Até chegado o dia criar coragem e pedir de maneira firme e direta aumento para o chefe. Se a resposta for uma sonora gargalhada, ainda não é hora de desanimar. Mas sim de ler a mais recente obra de Max Gehringer, Emprego de A a Z.
O livro foi inspirado na série de televisão para o 'Fantástico', que conquistou o público pela linguagem precisa e sem maneirismos e pelo humor. Os acessos ao site do programa o tornaram recordistas entre os quadros apresentados por especialistas no programa. Foram 250 mil em um único dia.
Gehringer mostra que entende mais do que de empresas. Entende de gente. E sabe identificar, com um olhar curioso, quase de antropólogo, os tipos humanos e as relações cotidianas das corporações.
O leitor certamente vai reconhecer os personagens. Seja o sincero Ricardo ou o burocrático Botelho. Há Ricardos e Botelhos em todas as empresas, afinal de contas. E também os chefes que à maneira bíblica se comunicam por parábolas misteriosas. Sem contar os colegas que conseguem criticar dando a impressão que estão elogiando.
O texto de Max Gehringer, no entanto, não perde em precisão e argúcia por montar esse quadro bem-humorado. Como diz o próprio autor, rir é fundamental, mas na hora certa. Isso significa que o leitor vai encontrar informações úteis para situações bastante práticas, como a maneira correta de criar um currículo, quando e como escolher os cursos que pretende fazer, qual a hora de mudar de empresa ou mesmo de atividade.
'Emprego de A a Z' é organizado no formato de um dicionário, no qual os temas vão surgindo pela ordem alfabética. Os tópicos vão de assédio moral e aumento até vaga e vítima. Passando pelas letras b de bonzinho e p de puxa-saco. Em cada uma delas a análise do autor vai direto ao ponto, com a experiência de quem teve toda uma vida voltada a entender o mundo corporativo por dentro